As Bahias e a Cozinha Mineira lançam EP “Enquanto estamos distantes”

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As Bahias e a Cozinha Mineira lançam EP “Enquanto estamos distantes”

EP, gravado em casa na quarentena, é composto por 5 músicas inéditas e traz consigo para divulgação o clipe de “Éramos Chuva”, single de trabalho do grupo

Após três trabalhos inéditos e sucesso da crítica nacional e internacional, o grupo de MPB contemporâneo As Bahias e a Cozinha Mineira, composto por Raquel Virgínia, Assucena Assucena e Rafael Acerbi, lançam o EP “Enquanto estamos distantes”. O projeto foi gravado durante a quarentena (cada um em sua casa) e promete balançar os corações e aflorar os sentimentos do Brasil e do mundo, que passam por uma situação tão delicada e sensível.

O EP traz em seu nome e conteúdo toda a mensagem de empatia, carinho e leveza que o grupo quer transmitir nesse momento. “Enquanto estamos distantes” faz refletir sobre a atualidade e através da arte, toca as pessoas e as tira da zona de conforto, mexendo com suas emoções e sentimentos mais íntimos. É uma coletânea introspectiva, que mergulha de dentro para fora e propõe uma viagem de autoconhecimento ao público.

Rafael, um dos integrantes da banda, além de cantar, estreia nesse projeto como produtor musical. Ele foi responsável por fazer todos os arranjos musicais, controlar as gravações, guiar o andamento e concluir o EP.

Ao todo são 5 músicas:

  • “Éramos Chuva”, carro-chefe do lançamento, representa muito bem o momento que vivemos e a importância de darmos valor até aos mínimos detalhes da vida
  • “Nosso Apartamento”, com toques eletrizantes, fala sobre relembrar um grande amor já vivido
  • “Mama” é composta por batida de reggae e fala sobre coragem e esperança
  • “Eu Sei Você Gosta de Brincar de Amores” com arranjo mais leve fala sobre um relacionamento marcante
  • “Forasteiro” que conta com voz de Rafael Acerbi que fala sobre os sentimentos guardados e a importância de demonstrarmos o que sentimos.

 

Para os integrantes do grupo, o lançamento foi feito com muito carinho para todo o público que tem vivido este momento de isolamento.

“É importante mostrarmos que a arte nos transforma e é fonte de entretenimento para milhares de pessoas. Esperamos que este projeto traga um pouco de leveza para todos”, disse Raquel Virgínia.

“Mesmo de casa, a gente não tem parado um instante, foi quando surgiu da ideia de lançar músicas que estávamos produzindo durante este período de isolamento que o mundo e o Brasil têm vivido. Trabalhamos intensamente, cada um de sua casa, para levar o que de melhor As Bahias e a Cozinha Mineira tem para mostrar, que é a arte”, complementou Assucena Assucena.

“Esperamos que gostem deste novo EP, que foi criado com muita esperança para o público que tanto precisa de música e arte em qualquer momento da vida. Que ele sirva de inspiração para muitas pessoas ao redor do país e do mundo”, finalizou Rafael Acerbi.

O lançamento do EP vem acompanhado do clipe do single “Éramos Chuva” ( https://www.youtube.com/watch?v=qzFhS7ZIB9c ), vídeo gravado de casa com diversos artistas e convidados: Tais Araújo, Débora Nascimento, Juliana Paes, Lea T, Thelma Assis, Renata Carvalho, Magô Tonhon, Sarah Oliveira, Dona Jacira, Dom, Samantha Almeida, Gominho, Babiy Querino e Djamila Ribeiro. A ideia do roteiro buscou enaltecer afazeres do dia-a-dia de cada pessoa dentro de casa de forma poética, tocante e sensível.

Toda a identidade visual do projeto está sendo desenhada por Patrick Rigon, uma artista trans. Muito talentosa, ela desenhou tanto a capa do EP como mais 14 ilustrações, cumprindo uma mesma linguagem.

Quem são As Bahias e a Cozinha Mineira?

O improvável encontro não poderia ser mais feliz – e explosivo – para a música. De um lado, Assucena Assucena, 30 anos, trans judia, baiana do sertão e nascida em Vitória da Conquista e com uma história que, segundo ela, soma sua existência com a resistência de milênios que carregam as mulheres trans. Na outra ponta, a paulistana trans negra de 30 anos Raquel Virginia que, junto da mãe, morava em casas de familiares da periferia para poderem economizar e pagar seus estudos – vale dizer que ela já se aventurou como cantora de axé. No outro extremo está Rafael Acerbi, 27 anos, mineiro de Poços de Caldas que aprendeu a tocar na igreja e, por lá, participou de algumas bandas até que os três se encontraram no curso de História da Universidade de São Paulo (USP).

Tocando, cantando, fazendo saraus ou debates, a afinidade foi imediata e logo a banda, então chamada Preto por Preto, se apresentava na universidade até que resolveram assumir seus gostos musicai e criaram As Bahias e a Cozinha. O resultado deste encontro nada casual resultou no primeiro álbum em estúdio, no fim de 2015, chamado Mulher. O segundo veio em 2017, intitulado Bixa e, com ele, uma ampla dose de reconhecimento que incluiu dois troféus no 29º Prêmio da Música Brasileira: “Canção Popular – Grupo” e “Canção Popular – Álbum” e lhe renderam a assinatura de um contrato com a Universal Music, cujo primeiro single, Das Estrelas, dava um aperitivo de Tarântula, terceiro álbum do grupo, que teve indicação ao Latin GRAMMY Awards (2019), na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

Nos três últimos três carnavais de São Paulo, a banda conduziu o trio elétrico do bloco Love Fest, que arrastou milhares de foliões pelo centro da cidade e que faz sucesso tanto pelo repertório musical quanto pelo discurso político em defesa da diversidade sexual e de gênero. Em 2020, foi a primeira vez do grupo se apresentando com o novo projeto As Bahias e a Cozinha Mineira Big band composta por 10 mulheres com o trio. Em 2018, participou como convidada do trio elétrico conduzido por Pabllo Vittar no circuito carnavalesco mais famoso do país. Já em 2017, no carnaval de Salvador (Bahia), apresentou-se no palco do Pelourinho, no centro histórico da cidade, ao lado de Liniker e Tássia Reis.

Para este ano o grupo trabalha em novos projetos com o intuito de reforçar ainda mais sua versatilidade, suas raízes populares, sempre calcado por inúmeras referências musicais.