Free Free e Ministério Público de SP lançam campanha antirracista com participação de Thelminha

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Free Free e Ministério Público de SP lançam campanha antirracista com participação de Thelminha

Campanha “A_Gente se une pelo fim do racismo” aborda o preconceito presente no cotidiano

 

O mundo está mudando. Se a pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe diversas dificuldades e evidenciou obstáculos em nossa sociedade, podemos dizer também que, em contrapartida, as ações de empatia, as campanhas em prol das liberdades individuais e o engajamento das pessoas acerca das lutas pelos direitos das minorias têm se intensificado.

Neste contexto, o Free Free, plataforma e instituto que atuam por um mundo onde meninas e mulheres possam alcançar a liberdade física, a saúde emocional e a independência financeira, desenvolveu em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo um vídeo-manifesto contra o racismo. A campanha conta com a presença de Elza Souza, Kamilah Pimentel, Kelly Baptista, Mirela Lemos, Patrícia Santos, Thelma Assis e Viviana Santiago, e foi lançada nesta sexta-feira (3),através do Instagram do Free Free (@freefree.xx) e no site www.freefree.art/blog.

Responsável pelo roteiro do manifesto, a jornalista Patrícia Santos afirma “a gente normalizou muitos absurdos durante a nossa história. Agora que as pessoas estão questionando tanta coisa é um bom momento para discutirmos o que aconteceu e os lugares que até hoje ocupamos”.

Uma das participantes da campanha, a anestesiologista e vencedora do Big Brother 2020 Thelma Assis, tem usado sua plataforma em diversas ações e lives para ampliar a discussão em torno do tema. Recentemente, Thelminha também participou de outra ação do Free Free, nesta vez contra a violência doméstica.

Para Yasmine McDougall Sterea, CEO do Free Free, falou sobre o objetivo do projeto e a necessidade de discutirmos estas questões com mais frequência

“Nós trabalhamos por um mundo com mais igualdade e justiça. Por um mundo com menos preconceito de gênero e de raça. Que mulheres negras sejam mais representadas e que a cor de sua pele não seja um obstáculo para conquistar seus sonhos pessoais e profissionais. Para isso, é necessário discutir a questão racial e combater todo tipo de preconceito e desigualdade”, disse Yasmine.

A coordenadora do Núcleo de Gênero do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo, Dra. Valéria Scarance, também comentou a difícil realidade da mulher negra no país e a necessidade do reconhecimento da mesma para começarmos a resolver o problema.

“No Brasil, mulheres negras sofrem os maiores índices de violência e exclusão social. É preciso reconhecer essas violências diárias, declaradas ou disfarçadas, para se romper com os racismos estrutural e estruturante que lamentavelmente ainda determinam o destino das mulheres negras”, afirma Valéria Scarance.