Em entrevista, Pocah fala sobre empoderamento feminino, quarentena e mais

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Em entrevista, Pocah fala sobre empoderamento feminino, quarentena e mais

Entre os assuntos, cantora abordou também o seu último sucesso solo “Depois da Quarentena”

 

Uma das maiores referências do funk feminino no Brasil, a cantora e compositora Pocah vem buscando manter-se ativa na quarentena. Durante o período, a artista que recentemente participou do evento Warner Pride 2020, tem marcado presença em diversas lives, além de ter continuado a produção artística, com o lançamento diversas músicas.

No início da pandemia, Pocah realizou uma parceria com o cantor PK na música do artista É o Perigo. Mais recentemente, já em agosto, esteve presente no novo álbum GRIFF do produtor WC no Beat para a música Rolé no Rio ao lado de MC G15 e Xamã. Ainda durante o isolamento social, ela lançou uma sua faixa solo Depois da Quarentena, acompanhada de um videoclipe (do qual também liberou ao público a coreografia oficial), que atualmente já ultrapassa 6 milhões de visualizações no YouTube. Confira a produção:

 

Continuando as atividades enquanto a pandemia não termina, a IstoÉ convidou Pocah para um bate papo divertido e descontraído através de uma live no perfil oficial da revista no Intagram. Na conversa, a artista falou sobre desafios da quarentena, expectativa para o futuro, empoderamento feminino, curiosidades e mais. Separamos alguns trechos da entrevista. Confiram:

De onde veio o nome Pocahontas, e por que a escolha de mudar para Pocah no ano passado?

Pocah. Eu sempre tive esse apelido, por conta da semelhança com a personagem das histórias infantis. Então, quando tivemos que pensar em um nome artístico, foi algo automático. Depois disso, passado algum tempo eu tive vontade de mudar e aí juntaram alguns fatores. Primeiro que Pocahontas é um nome e uma marca mundialmente conhecida. Por conta disso, poderia haver alguns problemas em questões de contrato. Além disso, entendia que estava no melhor momento para uma mudança, já que estava muito bem cotada no charts com a música Quer Mais, ao lado da MC Mirella, e a minha faixa solo Não Sou Obrigada. No final deu tudo certo e os fãs aceitaram muito bem.

Você sempre teve essa preocupação com o empoderamento feminino?

Pocah. Eu sempre me achei poderosa, por conta de ter lutado, batalhado e conquistado minha independência e minha liberdade, eu nunca me deixei ser mandada, nunca fui controlada ou abaixei a cabeça para ninguém. Mas eu não entendia o que esse poder que eu sentia significava, o que ele podia representar, até que eu comecei a receber o feedback de fãs que diziam que eu era uma inspiração, um exemplo de pessoa independente e livre, e que se espelhavam em mim. Algumas meninas mais novas que diziam que queriam ser como eu quando crescerem. Nesse momento eu percebi que isso era o que me movia, tanto pessoal quanto profissionalmente, o maio prazer da minha vida é eu poder contribuir na vida de alguém.

Como foi para você fazer turnês internacionais, com shows nos EUA e na Europa?

Pocah. Foi realmente um sonho realizado! E eu não pretendo parar por aí. Já existem alguns convites e pedidos para uma nova agenda lá fora. Mas nas próximas vezes que eu for fazer uma turnês internacionais vai ser diferente. Eu já vou estar mais preparada. Quando eu fui eu estava com um certo medo de se as pessoas iam me conhecer. Mas depois que os shows acontecerem eu pude ver que existe público, tanto de brasileiros que moram fora quanto de estrangeiros, que curtem e consomem o funk fora do país. Eu sinto muito orgulho do meu movimento fazer parte disso.

E qual foi a inspiração para o seu novo sucesso, Depois da Quarentena, que fala de abstinência sexual?

Pocah. Eu vou tentar explicar rs. Eu tenho o meu ‘boy’. Mas eu queria entender o que tem se passado na cabeça do público, das mulheres, das minhas amigas na quarentena. Minhas amigas já estavam surtando, não tinham quem ficar, estavam solteiras. A gente conversava e elas falavam que não aguentavam mais e eu pensei que isso ia dar problema. Então eu tive a percepção de que isso era um tema e podia ser explorado. Resolvi então fazer uma música que expressasse esse sentimento e foi muito bom. Depois da Quarentena é uma música que eu amo, e foi um dos clipes que eu mais gostei de fazer, que eu mais me identifico. Ele tem todas as minhas referências de filmes, séries e cantores. Eu adorei. E, em meio a todo esse caos que vivemos, foi um momento de felicidade e prazer.

 

Confira a entrevista na íntegra no Instagram da revista IstoÉ:

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A cantora fala sobre empoderamento feminino e comenta seu mais recente trabalho

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