Assessor de Imprensa: um indivíduo fundamental nos meios de comunicação

Voltar

Assessor de Imprensa: um indivíduo fundamental nos meios de comunicação

Saiba mais sobre a importância deste profissional, que vai desde a garantia de uma comunicação de qualidade com o público e a imprensa e construir uma imagem positiva do cliente

 

Atualmente, é primordial manter a clareza das informações que envolvem a imagem de empresas e figuras públicas, relatando suas ações e feedbacks com seu público e clientes. Os canais de comunicação tornam-se o ponto principal para divulgar e fortalecer a imagem do cliente (seja pessoa física ou uma organização), principalmente se considerarmos a popularidade das redes sociais. Por isso, a assessoria de imprensa se torna cada vez mais uma ferramenta essencial que deve ser bem desenvolvida.

A Assessoria de Imprensa consiste em fortalecer a imagem de uma marca, produto ou empresa por meio da imprensa, de forma editorial, através de inserções gratuitas nos veículos de comunicação. O assessor trabalha para que as notícias de seu cliente ou de sua própria empresa apareçam na mídia e, com isso, ganhe mais visibilidade junto aos seus públicos-alvo. Ela também atua como gerenciadora de crise, fazendo com que, caso ocorra alguma inserção negativa na imprensa, a imagem do assessorado não seja afetada.

Através de um trabalho bem feito, com uma divulgação assertiva de seu cliente, a assessoria de imprensa pode trazer um avanço significativo da imagem trabalhada. Segundo o diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), Paulo Nassar, “a função do assessor de imprensa é garantir qualidade e excelência de comunicação com os diversos públicos e com o relacionamento habilidoso com a imprensa, que representa uma função crítica na sociedade. Hoje, qualquer organização que deseja ter sucesso nas suas operações ou, queira construir valores positivos para a opinião pública, deve trabalhar sua comunicação com transparência”.

Segundo estudos recentes, o impacto da comunicação corporativa representa 74,5 % de importância para as organizações. Por este motivo, deve-se buscar para este cargo um profissional altamente qualificado e engajado. Nesse sentido, a vice-presidente da CDN Comunicação Corporativa, Yara Peres, para exercer esta profissão é necessário mais do que apenas a proficiência na escrita, já característica dos jornalistas.

“O profissional das assessorias ou da área de comunicação de uma empresa pode ser um jornalista de formação, mas a atividade que ele desempenha é de consultor de Comunicação. Ele vai se valer de várias habilidades jornalísticas como a escrita, observação aguçada, postura crítica e também conhecimentos em áreas de relações públicas e institucionais. A agência pode contar também com publicitários, gestores de mídias sociais, historiadores, designers, advogados, economistas e administradores de empresa. Essa diversidade é um ativo importante porque permite que as equipes sejam multidisciplinares”, diz Yara.

Uma assessoria bem feita pode alcançar novas visões e benefícios, mostrando que aquela empresa está comprometida e bem encaixada diante do mercado. A principal importância é tornar a organização ou o profissional uma referência em sua área e ser, a partir daí, fonte de matérias, conseguindo inserções relevantes nos grandes veículos de comunicação.

 

A visão da imprensa sobre o assessor

Muito se fala de uma possível desconfiança e, até mesmo, de uma possível insatisfação dos jornalistas de redação para com os profissionais de assessoria de imprensa. Numa relação corporativa intensa, que se debruça ao longo do tempo e com interesses de ambos os lados, é entendível que alguns conflitos de ideias possam acontecer, levando a alguns ruídos eventuais. Porém, a realidade é que o jornalista, em sua maioria, enxerga o papel do assessor como fundamental para as ações comunicativas e o bom relacionamento com empresas e figuras públicas.

Um estudo do portal Comunique-se, o maior site segmentado em jornalismo do país, desmistificou um pouco desta ideia negativa que se imagina sobre a relação entre jornalistas e assessores. A pesquisa foi realizada com perguntas relacionadas ao tema, em março deste ano de 2020, com mais de 300 profissionais de redações, dentre os quais a maioria indicou atuar nas editorias de cultura, economia e saúde.

Em primeiro lugar, verificou-se que aproximadamente 75% dos entrevistados consideram que o assessor de imprensa desempenha atividade jornalística, contra apenas 8,3% que dizem que não. É o fim daquela infame frase: “Assessor não é jornalista”. Além disso, 50,8% consideram a função do assessor primordial para sua atuação em seu veículo.

Segundo 42,6%, o trabalho do assessor de imprensa “Às vezes ajuda, às vezes  atrapalha”. Apesar de ser um número alto, isso não se deve a uma diminuição da profissão. O ponto, neste caso, tem mais a ver com a qualidade do trabalho exercido pelo assessor, que por vezes pode não estar sendo feito de forma adequada.

É o que mostra alguns dos indicadores da pesquisa, que abordam os pontos que mais incomodam os jornalistas em um assessor de imprensa. Confira as respostas dos entrevistados no quadro abaixo:

Modificando este tipo de prática, é possível estreitar ainda mais a relação entre assessores e jornalistas, tornando-a mais leve e duradoura. Outro ponto que ainda configura muita polêmica é o uso dos aplicativos de mensagem e redes sociais na comunicação com a imprensa. Enquanto 41,9% dos entrevistados são positivos quanto à utilização deste novo canal de comunicação, 55,5% dizem que as práticas “nunca devem ser usadas”. Uma boa forma de sanar este problema é tratar com as redações inicialmente de forma tradicional, com por e-mail e telefone fixo, deixando para utilizar os aplicativos apenas quando já conhecer o jornalista e ter certeza que eles concordam com esta opção.

Com base em toda pesquisa, a Comunique-se concluiu que o assessor de imprensa é uma peça de grande importância para a produção de notícias em redação. Ainda existe uma resistência por parte de uma minoria jornalística, mas a boa prática da assessoria é o caminho simples e prático para acabar com este estigma. Evitar o sensacionalismo, o excesso de envios de releases e, ainda, o envio de materiais informativos para editorias que não condizem com o trabalho do jornalista no veículo são algumas das mudanças que podem surtir este efeito.