Gaby Amarantos é a capa da edição de agosto da Marie Claire

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Gaby Amarantos é a capa da edição de agosto da Marie Claire

A publicação detalha a trajetória da artista que se consagrou como uma das maiores cantoras do Brasil

A edição de agosto da Marie Claire chega amanhã nas bancas de todo Brasil, mas já sabemos quem será o rosto de capa: Gaby Amarantos. A publicação traz em sua capa dupla a artista que é potência, sendo merecedora de todos os sentidos que a palavra carrega, como poder, força, vigor e importância. Também é mãe solo, instrumento de transformações sociais, com engajamento em pautas diversas, como luta antirracista, feminista e LGBTQIA+ e contra a gordofobia. Além disso, é responsável pela difusão do tecnobrega, ritmo que virou febre na Região Norte do Brasil. 

A mulher, que hoje se destaca nos palcos pela autenticidade e se consagrou como uma estrela, tem suas raízes em uma família humilde da periferia de Belém, no Pará. Fruto de uma mistura entre negros e indígenas, Gaby Amarantos cresceu em um ambiente artístico, consumindo muita música brasileira, ritmos regionais e até aqueles que chegavam por frequências de rádio que escapavam do Suriname e da Guiana Francesa , como merengue, cúmbia reggaeton. 

 

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A publicação detalha sua caminhada musical, que começou em uma igreja católica do Jurunas, de onde foi expulsa por ser ‘animada demais’, até o sucesso nacional, revisitando pontos que o público já conhece bem: diversos prêmios, música na abertura de novela da TV Globo, programas da TV, capa de revistas, etc. É revelado, ainda, que antes de ser conhecida em todo país, Gaby já saía nas páginas do jornal britânico The Guardian e fazia show em Londres. 

 

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Contudo, a grande novidade é a confirmação de que o novo álbum de Gaby Amarantos, batizado de ‘PURAKÊ’, referência ao peixe pré-­histórico da Amazônia cuja voltagem chega a 860 volts. O compilado traz vários estilos diferentes da música amazônica

PURAKÊ’ fala de um Brasil profundo, das diversas amazônias dentro da Amazônia. “Até hoje, no Norte inteiro, tem crianças que precisam remar cinco horas para chegar à escola, dez horas para encontrar um hospital. O Norte é uma região onde muitos lugares ainda não têm eletricidade, tem uma péssima cobertura de telefonia celular, de fibra óptica. E, toda vez que a gente fala das populações da floresta, dos povos indígenas, de quilombolas, a gente não inclui os ribeirinhos, que estão lá num Brasil invisível”, conclui Gaby.